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sexta-feira, 23 de abril de 2010

É ele...


As mãos geladas e os olhos atentos ao redor...

Será que ele vem? Será que vai gostar de mim? Como será que ele é?

O coração acelerado, friozinho na barriga

O nó na garganta e as perguntas... Será? Será?

São tantas pessoas reunidas em um só lugar

Umas chegando, outras partindo...

Será que vou encontrá-lo? Será que ele vai me encontrar no meio de toda essa gente?

À hora é essa! Não tem como voltar atrás...

Tocou o celular... É ele!

- Oi, Estou saindo do estacionamento- Ele disse.

- Estou na plataforma 08- Falei então!

E agora? E agora? As minhas mãos estão suando...

Tanto barulho, tantas pessoas, tanta euforia...

E os meus olhos fitando tudo e todos ao redor

Eis que surgiu! É ele... Tão lindo; eu disse a mim mesma entusiasmada.

Irrompeu um silêncio imediato que foi quebrado pelas batidas do meu coração

Sim, é ele... Eu sorri! Ele sorriu também

E a cada passo que eu dava ao seu encontro podia ouvir as batidas do meu coração

Ele já não batia fora de compasso como outrora... Não!

Nem havia mais medo ou insegurança... E os meus passos...

Ah, os meus passos... Eram passos de quem caminhava em direção à felicidade

Ele me abraçou e eu o beijei... Disfarçadamente nossas mãos procuraram uma pela outra

E assim fomos de mãos dadas e sorrisos nos lábios...

Paramos em uma padaria para comer, seguimos para uma praça, fomos para o quarto de um hotel, deitamos na cama e conversamos...

Passamos à tarde assim, abraçados, um olhando para o outro.

Ele passou a mão em meu rosto, mexeu no meu cabelo... Não tirava os olhos dos meus.
Encostou mais uma vez a boca na minha, abraçou-me apertado.

O mundo tinha parado naquele instante.

Falávamos de tudo e de nada

- E aí, eu sou o que você esperava?- Ele disse

- Você é mais do eu podia esperar- Falei enquanto acariciava seu rosto

E permanecemos ali sem pensar no futuro, abraçados, um fitando o outro, trocando frases mudas, tatos que tudo dizem...

Naquele dia nos amamos... Naquele dia fomos felizes.


Suelen Braga

3 comentários:

Dayane Figueiredo disse...

Lindo o textoooo...adoreiii :)

Felicidade Clandestina disse...

"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos..."

Lispector




ah, a chegada do amor e suas esperas, o bater do coração.
o encontro.

Priscilla Paggiaro disse...

Suelen, o amor nos faz encontrar o melhor de nós mesmo. Lindo texto! Adorei! Bjs

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